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ENTREVISTA A ONESTO.



Alex Hornest, 72 D.I.E.S.E.L, Arma Secreta, A.F.A. e ONESTO são alguns dos 72 pseudónimos utilizados por este artista brasileiro que dá agora a cara em Lisboa para uma exposição colectiva chamada Território Ocupado, juntamente com outros artistas brasileiros de renome como Speto e Nunca.

Onesto é um dos expoentes da arte de rua brasileira. Este pintor, escultor e artista multimedia actua há 16 anos nas ruas das grandes cidades do Brasil, intervindo em meios urbanos e inspirado por tudo o que o cerca, desde as pessoas à arquitectura dos lugares por onde passa.

Na sua breve passagem por Lisboa tivemos a oportunidade de conversar com Onesto e saber as suas impressões sobre a capital Lusitana do graffiti, e sobre o pastel de Belém.

Museu Efemero: QUAL FOI A SUA PRIMEIRA IMPRESSÃO SOBRE LISBOA.

ONESTO: Lisboa é bombardiada! Pensei que não havia muito grafite aqui. Sempre tive a impressão que tudo na Europa era proibido e que a lei era muito rigorosa, o que deixava a galera com medo de fazer as coisas. Que nada. Fiquei impressionado em ver que Lisboa tem muito grafite. Foi uma impressão muito boa. Tem muita gente fazendo coisa boa por aqui. A galera tá destruindo.

M.E. : O QUE ACHA DESTA INICIATIVA DO MUSEU EFEMERO DE CATALOGAR E DIVULGAR A ARTE URBANA.

O. : Achei a iniciativa bem legal. Tem gente que passa todos os dias na mesma rua e não percebe a arte que está lá. Se a iniciativa do Museu Efêmero é abrir um espaço para que as pessoas conheçam melhor a arte urbana, acho genial. Quanto mais conhecimento as pessoas tiverem sobre o nosso trabalho, menos preconceito vão ter. Infelizmente essa informação não chega pra todo mundo, e muitas vezes somos considerados vândalos ao invés de artistas.

M.E. : CONCORDA COM ESTA LIMPEZA QUE ESTÁ A SER FEITA NO BAIRRO ALTO PELA CÂMARA DE LISBOA.

O. : Cara, concordo sim. Se a sua arte está na rua, ela está sujeita a esses contratempos. Se não for assim, não é EFÊMERA, não é? Essa limpeza também abre espaço para os novos artistas mostrarem o seu trabalho. Sinceramente, acho uma perda de dinheiro e de tempo do governo, acho que o bairro não vai durar uma semana sem grafites.

Até acho melhor assim. No Brasil, muitas obras ficam intocadas por anos, ninguem mexe, ninguem pinta por cima. Fica menos efêmero, entende? Aí não abre espaço pra ninguém, parece que você nem pinta na rua. (risos)

M.E. : QUAIS A SUAS INFLUÊNCIAS.

O. : Tenho influências de muitos artistas, brasileiros e também fora do Brasil. Antes eu era um cara viciado em arte e ficava fuçando na internet para descobrir tudo que tava saindo lá fora. Mas tirando isso, posso considerar minhas influências os desenhos antigos, como TOM e Jerry e os da Disney, estilo retrô, preto e branco, quando o Mickey ainda tinha aquelas mãos gigantes brancas. Talvez seja por isso que faço as mãos dos meus personagens desse jeito.

M.E. : PORQUE É QUE ACHA QUE O GRAFFITI BRASILEIRO ESTA TAO EM VOGA ACTUALMENTE.

O: Acho que os artistas de rua brasileiros conseguiram trazer muito da essência do Brasil na sua arte. Os gêmeos, com seus personagens coloridos, foram influenciados pelo nordeste. O Speto foi influenciado pela pintura de Cordel, o Nunca pelos indígenas brasileiros, eu, por trazer personagens mais urbanos, mais São Paulo. E a lista não pára aí, tem muito cara bom que tá conseguindo trazer o Brasil e a sua essência para o exterior. E isso tá refletindo no sucesso dos artistas que agora estão expondo no mundo inteiro.

M.E. : OBRIGADO POR ESTA CONVERSA ONESTO. DEPOIS DE LISBOA QUAL SUA PROXIMA PARAGEM?

O. : Depois de Lisboa ainda vou para um festival de Street Art em Florença, Italia, que se chama La Creativida. Valeu todo mundo. Foi um prazer.

(Todas as respostas desta entrevista são da responsabilidade do entrevistado)

2 comentarios:

Anônimo disse...

Onesto é um graffiteiro genial.
Muito bom o museu efêmero entrevistar um cara tão importante no cenário mundial do graffiti.
parabéns

Adriana Nassar disse...

Artistas pláticos e visuais não podem ficar de fora desta.
A exposição virtual e interativa "EXPRESSÃO DA ARTE" abre excelente oportunidade para artistas plásticos e visuais,incluindo graffiti.
Indique o link http://www.ngarteprodutoracultural.com.br/galeria.html para seus amigos, pois quem não é artista , com certeza conhece um.
Meu e-mail é contato@ngarteprodutoracultural.com.br
Excelente semana.
Um abraço,
Adriana Nassar

MANIFESTO

O que é ou não é arte?

Esta pergunta vem sendo respondida de formas diferentes desde há séculos. Nós, Pampero Fundación decidimos expressar a nossa, deixando o nosso testemunho.

Para ser um verdadeiro artista, são precisos anos de trabalho, estudo e dedicação, sem importar qual a escola, desde a universidade, até por vezes à própria rua. É a estes artistas, que queremos dar o nosso reconhecimento. Queremos colocar-lhes uma lupa, para que a arte que vemos todos os dias não passe despercebida.

Acreditamos que tanto o artista como a sua obra, muda, transforma-se, evolui, vive. É por isso que as obras do Museu Efémero durarão aquilo que tiverem que durar. Porque é esse o espírito.

Isto é apenas o começo. Pampero Fundación vai continuar a apoiar os artistas que estejam a crescer. Aqui e brevemente em todo o mundo. Quer sejam pinturas, fotografia, uma t-shirt, um livro ou uma instalação numa galeria.

Por isto criámos o primeiro Museu Efémero do mundo.

Como funciona

Para visitar o Museu Efémero, só precisas de imprimir o mapa que te permitirá saber onde estão as obras que fazem parte do museu, fazer download do audioguia e já está.

Estás pronto para saíres com o teu leitor de mp3 e conhecer tudo sobre os artistas do primeiro museu de arte efémera do mundo.

Uma boa ideia seria acompanhar o passeio com um Dirty Pampero bem gelado.

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